Bolsas sobem na Europa e petróleo recua à espera de cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca. Lula e presidente americano acirram tensão. Marfrig tem resultado melhor que o esperado e BRF sofre impacto da gripe aviária. Lucro do Banco do Brasil despenca e Nubank dispara no pré-mercado após resultados. Economia chinesa desacelera. Veja os destaques:

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Trump e Putin

Vladimir Putin e Donald Trump Photographer: BRENDAN SMIALOWSKI/AFP

Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, se reúnem nesta sexta-feira em cúpula no Alasca com ideias diferentes sobre o sucesso do encontro. Trump considera qualquer tipo de cessar-fogo na Ucrânia um objetivo fundamental das negociações. Para Putin, ter a conversa em solo americano sem ter feito nenhuma concessão em relação à guerra já é uma vitória. Trump tentou reduzir as expectativas em relação à reunião e avalia a possibilidade de uma segunda cúpula que incluiria Volodymyr Zelenskiy e talvez líderes europeus. As bolsas europeias chegaram ao nível mais alto desde março com expectativas para um acordo na Ucrânia. O petróleo recua à espera do encontro, que pode remodelar os fluxos do produto russo.

Tensão EUA-Brasil

A tensão entre o Brasil e os Estados Unidos voltou a escalar nesta quinta-feira com a troca de comentários entre os líderes dos dois países. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse no meio da tarde que o Brasil “tem sido um parceiro comercial horrível”, ao cobrar tarifas elevadas dos produtos americanos. A fala chegou a afetar o dólar, que atingiu a máxima do dia no patamar de R$ 5,43, mas depois desacelerou o ganho. Algumas horas mais tarde, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva respondeu afirmando que “é mentira” quando Trump diz que o Brasil é mau parceiro comercial. “O Brasil é bom, só não vai andar de joelho para o governo norte americano”, afirmou, durante evento na noite desta quinta-feira em Pernambuco. Lula reiterou, no entanto, que o Brasil continua disposto a negociar com os EUA.

Economia da China

A economia da China desacelerou em todos os setores em julho, com números frustrantes da atividade industrial, investimento e vendas no varejo. Os dados mais fracos sugerem que a campanha de Pequim contra guerras de preços entre empresas, combinada aos efeitos colaterais das tarifas de Donald Trump, está cobrando um preço da segunda maior economia do mundo. O minério de ferro opera em leve baixa em Singapura com os indicadores chineses. Os investidores também aguardam indicadores de vendas no varejo nos EUA, às 9:30, após o dado de inflação ao produtor acima do previsto que reduziu as apostas em cortes dos juros do Federal Reserve.

Banco do Brasil, Nubank

Agência do Banco do Brasil no Rio de Janeiro Photographer: Lucas Landau/Bloomberg

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil caiu 60% no segundo trimestre, para R$ 3,78 bilhões na comparação anual, o menor nível desde 2020. O banco fez mudanças contábeis que exigiram aumento nas provisões. Além disso, reduziu a distribuição de dividendos da faixa de 40% a 45% para 30%, pela primeira vez em cinco anos. As ações do Nubank disparam cerca de 10% no pré-mercado em Nova York com lucro líquido ajustado de US$ 694,5 milhões no segundo trimestre, acima da estimativa de US$ 656,8 milhões. A queda na qualidade do crédito veio em linha com as projeções e a fintech prevê continuidade no aumento do crédito.

Marfrig, BRF

A Marfrig registrou queda de 11% do Ebitda ajustado no segundo trimestre em relação ao ano anterior, para R$ 3 bilhões ante estimativa de R$ 2,12 bilhões. O resultado diminuiu menos do que o esperado, já que o aumento dos ganhos na operação de carne bovina na América do Sul ajudou a empresa a superar o impacto da grave escassez de gado nos Estados Unidos e do surto de gripe aviária no Brasil. O lucro líquido da BRF caiu 33% em relação ao ano anterior, para R$ 735 milhões. Os resultados são os primeiros desde que os acionistas de ambas as empresas aprovaram a proposta da Marfrig de comprar as ações da BRF que ainda não possui. “Este foi um trimestre extremamente desafiador”, disse Miguel Gularte, CEO da BRF, ao citar o impacto do surto de gripe aviária nas exportações da empresa.

Com Patricia Xavier. Assista aqui: 
 

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