Semana tem foco em decisões de política monetária, com expectativa de corte de juros pelo Fed e manutenção das taxas pelo BC brasileiro. Focus reduz projeção para inflação em 2025 e 2027 e para Selic no ano que vem. IBC-Br recua mais que o esperado em julho. Futuros sobem em Nova York com impulso da Tesla e Nvidia recua com investigação antitruste da China. Veja os destaques:

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Expectativa com Fed

Jerome Powell Photographer: Chip Somodevilla/Getty Images North America

O mercado financeiro global inicia a semana com as atenções voltadas para a reunião do Fed, com a perspectiva de um início de cortes pelo Banco Central. Além da visão de um corte de 0,25pp nesta semana diante do cenário de enfraquecimento do mercado de trabalho, os investidores já apostam em outras duas reduções adicionais da taxa de juros até o fim do ano. O presidente Donald Trump disse que espera um grande corte de juros do Fed nesta semana.

Carry pré-BCs

O dólar fechou a sexta-feira na casa de R$ 5,35, nos menores níveis em mais de um ano, influenciado pelo carrego atrativo do real em função do diferencial de juros com os EUA. Enquanto o Fed deve cortar os juros de maneira mais incisiva, o mercado se prepara para um Copom morno nesta quarta-feira, com precificação da curva de uma Selic estável em 15% pelo menos até o começo do próximo ano. O Tesouro publicou o cronograma de emissões para o 4° trimestre de 2025. A única alteração foi a rolagem da LFT de 6 anos, que passa a ter vencimento em 01/12/2031. Os demais vencimentos ofertados e a frequência dos leilões permanecem inalterados em relação ao 3º trimestre.

Focus e IBC-Br

Pesquisa Focus do Banco Central mostrou nova melhora nas expectativas de inflação. A mediana das estimativas para IPCA em 2025 caiu de 4,85% para 4,83%, enquanto a para IPCA em 2027 recuou de 3,93% para 3,90%. Projeções foram mantidas para 2026 e 2028. Já a mediana da Selic para 2026 caiu de 12,50% para 12,38%. O IBC-Br pode fazer ajuste fino à precificação de cortes pelo Copom. A economia teve retração de 0,53% em julho, queda maior que estimativa de 0,30%.  

Lula, Bolsonaro

A possível reação dos EUA à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de estado deve seguir no radar dos agentes financeiros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em artigo do New York Times neste fim de semana que a decisão do STF “não é uma ‘caça às bruxas’” e que as tarifas americanas têm motivação política. Segundo ele, o governo está aberto a negociar com os EUA, mas democracia e soberania do Brasil “não estão em negociação”.

Tesla; Nvidia e China

Photographer: Bloomberg Daybreak/Getty Images

Os futuros dos índices em Nova York têm leve alta com impulso da Tesla, com ganhos perto de 7% antes da abertura, após Elon Musk comprar cerca de US$ 1 bilhão em ações da montadora. A Nvidia chegou a cair mais de 2% no pré-mercado depois que a China decidiu, após investigação preliminar, que a empresa violou leis antitruste na compra da fabricante de equipamentos de rede Mellanox Technologies em 2020. O governo chinês aprovou a aquisição de US$ 7 bilhões sob a condição de que a Nvidia não discriminasse empresas chinesas. Os Estados Unidos, então, implementaram regulamentações que proibíram a Nvidia de vender chips de IA mais avançados para companhias do país asiático. O regulador chinês não especificou que tipo de medidas buscaria da Nvidia. A fabricante de chips não respondeu a um pedido de comentário feito fora do horário comercial. Ainda não está claro qual impacto o anúncio terá nas negociações comerciais entre os dois países que ocorrem em Madri.

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